Deus derruba os opressores, mas preserva os que confiam n'Ele.
(Naum 1:7) "O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia. Ele conhece os que nele se refugiam."
Naum 1:7 surge como um raio de luz em meio a um capítulo repleto de imagens de juízo, poder e indignação divina contra Nínive, a capital do império opressor da época. Enquanto a cidade cruel enfrentaria a devastação como resultado de sua violência e arrogância, este versículo aparece como um contraste proposital, reafirmando que o mesmo Deus que derruba nações também guarda e sustenta aqueles que a Ele pertencem.
- Assim, o texto serve simultaneamente como advertência aos inimigos de Deus e como consolo aos que confiam no Senhor.
As três bases da segurança dos que confiam no Senhor
1) A bondade que permanece: O Senhor é bom
"O Senhor é bom,
- É uma afirmação do caráter de Deus, não apenas de suas ações.
Dentro do contexto da profecia, essa declaração não é meramente abstrata, mas uma afirmação de que Deus mantém fidelidade ao Seu caráter mesmo quando exerce juízo. Sua bondade se manifesta ao cumprir Suas promessas para com Seu povo e ao agir de forma justa contra aqueles que praticam maldade.
- A bondade do Senhor, nesse versículo, funciona como fundamento de esperança em meio à tempestade anunciada contra Nínive.
2) A fortaleza que não desaba no dia da angústia:
uma fortaleza no dia da angústia.
A imagem da fortaleza ressalta a contraste entre os destinos opostos: a fortaleza representa segurança inabalável, ao passo que Nínive - antes vista como um baluarte militar - seria destruída.
Assim, a verdadeira segurança não está em muralhas humanas, mas no Deus que domina os eventos da história.
A “angústia” refere-se tanto ao momento de aflição nacional do povo de Deus quanto ao período em que o Senhor executa Seus juízos sobre as nações. Para os fiéis, esse dia não é destruição, mas proteção e cuidado soberano.
3) O Deus que reconhece e guarda os Seus:
Ele conhece os que nele se refugiam."
O “conhecer” vai além do aspecto intelectual: aponta para relação de aliança, atenção contínua e cuidado pessoal.
O texto reforça que, diante da intervenção divina, Deus faz distinção entre aqueles que se voltam contra Ele e aqueles que buscam refúgio em Sua presença.
O juízo que atinge os ímpios não atinge aqueles que Ele reconhece como Seus, pois sua confiança está posta no único refúgio que permanece quando tudo ao redor se abala.
Conclusão:
Naum 1:7 é uma declaração de equilíbrio perfeito entre justiça e misericórdia, entre juízo e preservação, entre a queda dos que desafiam a Deus e a segurança daqueles que a Ele pertencem.
Em meio a uma mensagem de destruição sobre Nínive, o versículo se ergue como lembrete de que Deus não abandona os Seus, mas guarda, protege e sustenta todos os que n'Ele se refugiam.
O Senhor é bom, é fortaleza, e conhece intimamente Seu povo - e essa verdade permanece imutável, mesmo quando as nações tremem diante do Seu poder.
Complementar:
Em meio ao anúncio do julgamento severo contra a Assíria, Naum declara que:
- Deus é bondoso por natureza,
- Ele é fortaleza segura quando o dia da tribulação chega,
- Ele protege pessoalmente e cuida relacionalmente dos que n'Ele confiam.
Ou seja:
- Para os ímpios, Deus é um juiz destruidor; para os justos, Ele é abrigo seguro e cuidador fiel.
Aplicação prática:
- O povo de Deus pode estar cercado por opressores (como Judá estava), mas Deus continua sendo bom e protetor.
- O juízo de Deus sobre a maldade não atinge aqueles que Ele “conhece” e guarda.
- A segurança do povo não está nas circunstâncias, mas no caráter imutável de Deus e na aliança que Ele tem com os seus.
Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.
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