quinta-feira, 19 de junho de 2025

Murmuração, castigo e graça - Lições do deserto

Texto base: 

(Números 21:4-9)
(4) "Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho
(5) e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!"
(6) Então o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram.
(7) O povo foi a Moisés e disse: "Pecamos quando falamos contra o Senhor e contra você. Ore pedindo ao Senhor que tire as serpentes do meio de nós". E Moisés orou pelo povo.
(8) O Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá".
(9) Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo."

Introdução:

Após quatro gerações de escravidão no Egito - um tempo profetizado e cumprido (Gênesis 15:13-16; Êxodo 12:40) - Deus libertou Israel para conduzi-lo à terra prometida. A caminhada no deserto, porém, não foi fácil. A história de Números 21 revela como o coração do povo se comporta diante da adversidade, mostrando a importância da fé, da obediência e da graça divina.


1) A caminhada difícil e a impaciência do povo:

(Números 21:4,5)
(4) "Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho
(5) e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!"

O povo saiu do monte Hor, contornando Edom (Números 20:14-21). Os edomitas, orgulhosos e hostis, não permitiram passagem, aumentando o tempo e as dificuldades da jornada.

Impaciência e murmuração começaram a tomar conta. O povo questionou a libertação, duvidou da provisão e da proteção de Deus:
  • (Números 21:5) “Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, não há água, e ainda detestamos esta comida miserável.”
A murmuração é um sinal de rebelião e falta de confiança. Revela o que está no coração:
  • (Mateus 12:34) "Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração."

2) O coração obstinado e a consequência do pecado:

(Números 21:6) "Então o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram."

Israel repetiu o erro dos seus antepassados: desconfiança, esquecimento das obras de Deus e desafio à Sua autoridade.

Como consequência, Deus enviou serpentes venenosas que causaram sofrimento e morte.

O castigo tinha propósito: levar ao arrependimento e restaurar o relacionamento com Deus.

Pôr Deus à prova é perigoso:
  • (1 Coríntios 10:9) "Não devemos pôr o Senhor à prova, como alguns deles fizeram - e foram mortos por serpentes."

E pode nos afastar do descanso que Ele oferece:
  • (Hebreus 3:7-12) (7) "Assim, como diz o Espírito Santo: "Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, (8) não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de provação no deserto, (9) onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de, durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz. (10) Por isso fiquei irado contra aquela geração e disse: Os seus corações estão sempre se desviando, e eles não reconheceram os meus caminhos. (11) Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso". (12) Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo."

3) O arrependimento e a intercessão:

(Números 21:7,8) 
(7) O povo foi a Moisés e disse: "Pecamos quando falamos contra o Senhor e contra você. Ore pedindo ao Senhor que tire as serpentes do meio de nós". E Moisés orou pelo povo.
(8) O Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá".

O povo reconheceu seu pecado e clamou a Deus por misericórdia, pedindo a Moisés que intercedesse.

O arrependimento sincero abre caminho para o perdão.

Moisés orou ao Senhor em favor do povo, mostrando o papel da intercessão.


4) A misericórdia e o símbolo da salvação:

(Números 21:8,9)
(8) O Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá".
(9) Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo."

Deus instruiu Moisés a fazer uma serpente de bronze e colocá-la em um poste.

Quem fosse mordido e olhasse para a serpente viveria.

O símbolo não tinha poder em si mesmo; o que curava era a fé na Palavra e na promessa de Deus.

Essa serpente prefigura Jesus Cristo, que, levantado na cruz, nos oferece a vida eterna:
  • (João 3:14-18) (14) "Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, (15) para que todo o que nele crer tenha a vida eterna. (16) "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (17) Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. (18) Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus."

5) Jesus, o cumprimento da promessa de Vida:

(Isaías 53:4,5)
(4) "Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
(5) Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados."
  • (João 3:14-18) (14) "Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, (15) para que todo o que nele crer tenha a vida eterna. (16) "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (17) Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. (18) Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus."
Jesus tomou sobre si nossas doenças e castigos para nos trazer cura e paz.

Assim como olhar para a serpente no deserto salvava da morte física, olhar para Jesus salva da morte eterna.

A cruz é o ponto máximo da graça e do livramento divino.


Reflexão:
  • Em nossa jornada, como o povo de Israel, enfrentamos momentos difíceis, provas e tentações. Nessas horas, o desafio é escolher a murmuração ou a fé. Murmurar é questionar o propósito de Deus e sua provisão; confiar é reconhecer nossa limitação e olhar para Ele, que é a fonte da vida e da salvação. Deus não apenas disciplina, mas também oferece um caminho de graça e restauração. Como reagimos diante das dificuldades? Estamos olhando para Jesus, nossa Rocha e Salvador?

Conclusão:

Números 21:4-9 nos ensina que, embora a jornada cristã possa ser marcada por desafios e nossa própria fraqueza, Deus é fiel para nos corrigir com amor e oferecer a salvação. A serpente de bronze aponta para Jesus - a solução definitiva para o pecado e a morte. Que possamos aprender a confiar, a arrepender-nos e a fixar nossos olhos naquele que dá vida verdadeira e eterna.

Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.

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