Leitura:
(Mateus 17:14-19)
(14) "Quando chegaram onde estava a multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse:
(15) Senhor, tem misericórdia do meu filho. Ele tem ataques e está sofrendo muito. Muitas vezes cai no fogo ou na água.
(16) Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo".
(17) Respondeu Jesus: "Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino".
(18) Jesus repreendeu o demônio; este saiu do menino e, desde aquele momento, ele ficou curado.
(19) Então os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e perguntaram: "Por que não conseguimos expulsá-lo?"
Meditação:
(Mateus 17:14-19)
(14) "Quando chegaram onde estava a multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse:
(15) Senhor, tem misericórdia do meu filho.
- Misericórdia: O favor de Deus diante da miséria humana. É a graça concedida no momento da necessidade.
Este pai clamou para Jesus olhar para a sua dor e se mover em amor.
Este pai clamou por misericórdia porque reconhecia três coisas muito importantes:
- Seu estado de total incapacidade para ajudar o filho. Ele sabia que nem médicos, nem remédios, nem religiões podiam libertá-lo. Sabia que não havia esperança fora da presença e do poder de Jesus.
- Ele cria na misericórdia de Jesus. Sabia que o Senhor tinha amor suficiente para atender ao seu pedido.
- Ele cria no poder de Jesus para libertar e curar.
Este pai clamou a Jesus com um coração quebrantado:
- O coração quebrantado é a alma que se dobra diante da santidade de Deus e clama por socorro. É mais do que tristeza; é rendição.
Deus valoriza profundamente um coração humilde, arrependido e totalmente dependente d’Ele:
- (Salmo 51:17) "O sacrifício que agrada a Deus é um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás."
Complementar:
- (Hebreus 4:14-16) (14) "Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, (15) pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. (16) Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade."
O menino sofria ataques graves, caindo no fogo ou na água, conforme relatado:
Ele tem ataques e está sofrendo muito. Muitas vezes cai no fogo ou na água.
(16) Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo".
Os discípulos haviam recebido autoridade para expulsar demônios e curar doenças:
- (Mateus 10:1-4) (1) "Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades. (2) Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; (3) Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; (4) Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, que o traiu."
- (Lucas 9:1,2) (1) "Chamando os Doze, deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças, (2) e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.”
Jesus já havia capacitado os discípulos com poder espiritual.
Isso revela que não basta apenas ter autoridade; é necessário fé viva e comunhão contínua com Deus.
(17) Respondeu Jesus:
- Jesus repreende seus discípulos, chamando-os de "geração incrédula e perversa".
Complementar:
- (Hebreus 3:12) "Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo."
Jesus toca na raiz do problema:
"Ó geração incrédula e perversa,
- "Ó geração incrédula": Falta de confiança em Deus; descrença, deslealdade, infidelidade, mesmo depois de tantos sinais.
- "E perversa": Coração desviado, corrompido, inclinado a se afastar do caminho de Deus.
Observem a instrução de Jesus para alinhar o coração dos discípulos:
- (Lucas 10:17-20) (17) "Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: "Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome". (18) Ele respondeu: "Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago. (19) Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano. (20) Contudo, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus"."
Sobre a motivação dos discípulos:
- Alegria pelos resultados: Estavam maravilhados com o poder que viram agir através deles.
- Possível orgulho espiritual: A empolgação era legítima, mas Jesus percebeu o risco de eles se apegarem mais ao poder do que ao relacionamento com Deus.
Por isso, Jesus os direciona:
- (Lucas 10:20) "Contudo, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus."
Ele explica...
- Não se alegrem apenas com conquistas espirituais.
- A verdadeira fonte da alegria deve ser a certeza da salvação e o relacionamento eterno com Deus.
até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino".
Aqui, é como se Jesus declarasse:
- "Vocês já viram tantos milagres, ouviram tantos ensinamentos, e ainda não conseguem confiar plenamente em Deus!"
Depois disso, Jesus cura o menino com uma simples ordem:
(18) Jesus repreendeu o demônio; este saiu do menino e,
- Repreender: Corrigir severamente, censurar, exigir obediência com autoridade.
desde aquele momento, ele ficou curado.
- Curar: Restaurar a saúde, sarar completamente.
(19) Então os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e perguntaram: "Por que não conseguimos expulsá-lo?"
No texto a seguir Jesus faz declarações importantes:
Leitura:
(Mateus 17:20,21) (20) "Ele respondeu: "Por que a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível. (21) Mas esta espécie só sai pela oração e pelo jejum"."
Meditação:
(Mateus 17:20,21)
(20) "Ele respondeu: "Por que a fé que vocês têm é pequena.
- Fé pequena: Falta de confiança no poder de Deus. Infidelidade, incredulidade, descrença, fraqueza de fé.
Faltava a confiança viva no Deus verdadeiro e em Sua Palavra. Eles tinham autoridade, mas a fé foi insuficiente para agir nessa autoridade.
Eu lhes asseguro que
- Jesus afirma que...
se vocês tiverem fé
- Se confiarem verdadeiramente no poder de Deus.
A fé vem por ouvir a Palavra de Deus:
- (Romanos 10:17) "Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo."
Essa ilustração é muito rica:
do tamanho de um grão de mostarda,
Vamos analisar o grão de mostarda:
- A semente de mostarda é viva; mesmo sendo tão pequena, carrega vida dentro de si. Ela é capaz de crescer, romper a terra e transformar-se em uma árvore forte (Lucas 13:18-19).
Comparando agora a fé com o grão de mostarda:
- A fé, como a semente de mostarda, é viva e carrega um poder de crescimento. Não importa o tamanho inicial; se for alimentada corretamente, ela crescerá, se fortalecerá e produzirá frutos.
Nós precisamos nos alimentar da Palavra de Deus para que a nossa confiança em Seu poder cresça até o ponto de realizar milagres.
Complementar:
- Nos países orientais, a mostarda chega à altura de uma árvore de três metros ou mais em algumas variedades.
O grão de mostarda era conhecido como uma das menores sementes da época, mas, quando plantado, crescia surpreendentemente, tornando-se grande o suficiente para abrigar pássaros.
É importante entender que a referência ao "grão de mostarda" nas parábolas de Jesus não se refere àquela mostarda que usamos como condimento, mas sim a outras espécies de mostarda selvagem que eram comuns na região da Galileia na época de Jesus.
Essas espécies podem crescer rapidamente e alcançar um tamanho considerável, assemelhando-se a uma pequena árvore ou arbusto, com galhos capazes de abrigar pássaros, como mencionado em algumas passagens bíblicas (Mateus 13:31-32, Marcos 4:30-32, Lucas 13:18-19).
Portanto, a imagem do pequeno grão que se torna uma grande planta era um exemplo vívido e compreensível para a audiência de Jesus, ilustrando o crescimento surpreendente da fé e do Reino de Deus a partir de um começo aparentemente insignificante.
poderão dizer
A fé precisa ser colocada em ação...
a este monte:
Jesus usa uma linguagem figurada, conhecida entre os judeus: o "monte" representa obstáculos aparentemente impossíveis.
- (Zacarias 4:6,7) (6) "Esta é a palavra do Senhor para Zorobabel: ‘Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos. (7) Quem você pensa que é, ó montanha majestosa? Diante de Zorobabel você se tornará uma planície. Ele colocará a pedra principal aos gritos de ‘Deus abençoe! Deus abençoe!"
‘Vá daqui para lá’, e ele irá.
- As declarações de fé precisam ser específicas e firmes.
Nada lhes será impossível.
- Jesus promete que, para a fé genuína, nada será impossível.
Entretanto, as declarações de fé precisam estar alinhadas à vontade de Deus e com motivações corretas:
- (1 João 5:14-15) (14) "Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. (15) E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos."
- (Tiago 4:2,3) (2) "Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. (3) Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres."
Os discípulos perguntaram por que fracassaram:
- (Mateus 17:19) "Então os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e perguntaram: "Por que não conseguimos expulsá-lo?"
Eles tinham recebido autoridade:
- (Mateus 10:1-4) (1) "Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades. (2) Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; (3) Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; (4) Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, que o traiu."
- (Lucas 9:1,2) (1) "Chamando os Doze, deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças, (2) e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.”
Mas afinal, o que aconteceu?
A fé eficaz é fruto do relacionamento com Deus.
(21) Mas esta espécie
- Jesus ensinou que certos tipos de espíritos malignos são mais resistentes.
Complementar;
Enfermidades, imoralidade, vício...
Oração e jejum não são "poderes mágicos":
só sai pela oração e pelo jejum."
Aqui, Jesus destaca que determinadas batalhas espirituais exigem um nível mais profundo de vida espiritual ativa.
Alguns pontos importantes:
- O jejum é humilhação voluntária - reconhecemos nossa total dependência de Deus.
- O jejum fortalece o espírito - negamos a carne para fortalecer a vida espiritual.
Jesus mesmo disse:
- (Mateus 4:4) "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus."
Jejum e oração revelam:
- Renúncia aos prazeres;
- Dependência total de Deus;
- Busca de intimidade genuína com Deus.
A vida com Deus não é para ser vivida de forma superficial, mas com uma entrega completa: corpo, alma e espírito.
Jesus ensina que a fé operante nasce da intimidade:
- É cultivada pela oração, estudo da Palavra, adoração e jejum. Não se trata de métodos, mas de relacionamento com o Pai celestial.
Certas batalhas espirituais exigem preparo contínuo:
- (Efésios 6:10-12) (10) "Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. (11) Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, (12) pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais."
É o Espírito Santo quem nos capacita na oração:
- (Romanos 8:26) "Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis."
Oração e jejum não forçam Deus a agir, eles nos alinham à vontade d'Ele - enchendo-nos de fé genuína, humildade e discernimento espiritual.
O jejum é uma forma prática de renúncia ao prazer legítimo - para buscar algo maior: a presença de Deus.
Exemplo negativo de tentar agir sem relacionamento verdadeiro:
- (Atos 19:13-16) (13) "Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: "Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! (14) Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. (15) Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: "Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são? (16) Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos."
Precisamos entender:
- Jesus nos deu autoridade espiritual, mas precisamos de um relacionamento vivo com Deus.
- Declarações de fé não são fórmulas mágicas.
- Jesus espera de nós uma fé operante, acompanhada de obediência e humildade.
- Certos níveis de batalha espiritual exigem não apenas conhecimento bíblico, mas uma vida contínua de oração, adoração, comunhão com os irmãos e jejum.
- A motivação correta é essencial para as respostas das nossas orações.
Complementar:
Às vezes é necessário sacrificar algumas amizades para crescermos espiritualmente:
A Palavra de Deus nos alerta sobre a influência das companhias em nossa vida espiritual. Nem toda amizade é benéfica para quem deseja caminhar em santidade e crescer na fé. Algumas amizades precisam ser deixadas para trás para que possamos avançar no propósito de Deus.
Muitas vezes subestimamos o poder da influência que os outros exercem sobre nós. A Bíblia é clara: andar com pessoas que não temem a Deus pode nos afastar dos princípios do Reino. A corrupção dos "bons costumes" começa de forma sutil, mas gera grandes danos ao longo do tempo.
- (1 Coríntios 15:33) "Não se deixem enganar: 'as más companhias corrompem os bons costumes.'"
Escolher bem com quem caminhamos é parte da sabedoria que vem do alto. Amizades que nos aproximam de Deus nos fazem crescer; amizades que zombam da fé, estimulam o pecado ou menosprezam a Palavra de Deus são armadilhas perigosas para o nosso espírito.
- (Provérbios 13:20) "Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal."
Crescer espiritualmente exige foco: nossa mente e nosso coração devem estar voltados para as coisas do alto, para a vontade de Deus. Se as amizades que cultivamos constantemente nos puxam para os valores terrenos, para os prazeres passageiros e para a distração espiritual, precisamos com amor, mas também com firmeza, nos afastar.
- (Colossenses 3:2) "Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas."
Sacrificar amizades não é desprezar pessoas, é colocar Deus em primeiro lugar. É entender que nosso crescimento espiritual é precioso demais para ser comprometido por más influências. Continuamos orando por todos, desejando a salvação e o bem de cada um, mas nosso compromisso primeiro é com Cristo.
Que o Senhor nos dê discernimento e coragem para escolher as amizades que edifiquem nossa fé e fortaleçam nosso chamado.
Conclusão:
Que vivamos não por uma fé superficial, mas por uma fé verdadeira - uma fé que conhece e confia no Deus que tudo pode.
Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.
Pra. Angela Caldas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre e compartilhe conosco uma experiência vivida ou um comentário de bênção. Obrigado