terça-feira, 27 de maio de 2025

A felicidade de quem confia no Senhor

(Salmo 34:8)

"Provem, e vejam

O salmista nos convida a uma experiência pessoal e transformadora com Deus: não apenas ouvir sobre Sua bondade, mas saboreá-la, vivê-la, experimentá-la por nós mesmos.

A vida com Deus vai além do conhecimento teórico - trata-se de caminhar com Ele, obedecer à Sua Palavra e deixar que Sua verdade molde o nosso viver.


como o Senhor é bom.
  • A bondade é um dos atributos eternos e perfeitos de Deus. Ele é bom em essência e em tudo o que faz.
Aqueles que confiam n’Ele provam dessa bondade de forma real e constante.

Podemos experimentar essa bondade por meio da oração sincera, da meditação nas Escrituras, da adoração e da comunhão com o Corpo de Cristo.


Como é feliz o homem que nele se refugia!"
  • Refugiar-se no Senhor é colocar n’Ele toda a nossa confiança — é buscá-Lo como abrigo seguro, direção certa e auxílio fiel em todas as situações da vida.
Quem se refugia em Deus encontra verdadeira felicidade, pois descansa na certeza de que Ele é soberano, bom e presente.

Esse refúgio é plenamente revelado em Cristo, nosso Salvador, no qual temos segurança eterna, paz verdadeira e esperança viva.


Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.

A bondade de Deus expressa através da natureza

Mesmo entre povos que ainda não conheciam plenamente a revelação divina, Deus não deixou de manifestar Sua presença, enviando chuvas, colheitas no tempo certo e fartura de alimentos. Esses sinais são expressões concretas de Sua misericórdia, que enchem os nossos corações de alegria e gratidão.

(Atos 14:17)

"Contudo, não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e enchendo de alegria os seus corações. "

O contexto desse versículo é a pregação de Paulo e Barnabé em Listra. Após curar um homem paralítico, a multidão tentou adorá-los como deuses. Em resposta, os apóstolos explicaram que eram apenas servos do Deus verdadeiro, Criador de todas as coisas, e que era Ele quem havia realizado o milagre e sempre havia cuidado do povo por meio das bênçãos naturais.

A principal lição é que Deus, em Sua bondade, sustenta a humanidade por meio da criação, e isso é motivo para reconhecê-Lo e adorá-Lo. Sua providência é visível mesmo onde o Evangelho ainda não foi plenamente anunciado, pois Ele se faz conhecido por meio de Suas obras.

Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Anunciar, servir, curar: O chamado dos embaixadores do Reino

(Lucas 10:8–12)
(8) “Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos,

Aprendemos aqui duas lições preciosas:
  • Ser grato ao ser acolhido,
  • Ser hospitaleiro ao acolher.
comam o que for posto diante de vocês.
  • Poderia acontecer que os discípulos fossem recebidos em casas não judaicas, onde as refeições não obedecessem às leis cerimoniais de pureza dos judeus.
  • O verdadeiro discípulo de Jesus deve receber com humildade e gratidão o que for oferecido de boa vontade.
Na cultura do Oriente Médio, a hospitalidade era uma virtude essencial - expressão de generosidade e proteção. Jesus sabia que Seus discípulos dependeriam da bondade e do favor de outros para cumprir sua missão. Por isso, ensinou-os a não escolher nem exigir, mas a agir com gratidão.

Jesus enviou os Seus discípulos com uma missão clara:
(9) Curem os doentes que ali houver
  • Deus se importa com as dores humanas; Ele oferece alívio ao sofrimento.
e digam-lhes: ‘O Reino de Deus está próximo de vocês’.
  • Deus reina soberanamente e convida todos ao arrependimento, à fé em Cristo e a uma vida segundo os Seus princípios.
Essa mensagem continua atual. Hoje, somos os novos missionários, chamados para anunciar esse Reino - com palavras que proclamam a Verdade. 


Devemos buscar o Reino com prioridade:
  • (Mateus 6:33) "Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas."

As bênçãos do Reino de Deus

São muitas as bênçãos do Reino que podemos e devemos clamar, tanto por nós quanto pelos outros. Entre elas:
  • Paz que excede todo entendimento (João 14:27).
  • Alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17).
  • Poder espiritual (1 Coríntios 4:20).
  • Sabedoria do alto (Tiago 1:5).
  • Provisão diária (Mateus 6:11).
  • Perdão e libertação (Mateus 6:12).
  • Presença contínua do Rei (Mateus 28:20).
  • Cura e restauração física e espiritual (Mateus 8:17).
  • Milagres e sinais (Marcos 16:17).

Três verbos continuam definindo nossa missão até a volta de Cristo:
  • Anunciar o Reino de Deus.
  • Servir o próximo.
  • Curar.

Complementar:
Os discípulos não tinham dúvida de que salvar, curar e libertar era a vontade perfeita de Deus, pois a ordem sempre foi fazer o bem.


(10) Mas quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos,
  • Ao enviar Seus discípulos em missão, Jesus os preparou não apenas para a aceitação, mas também para a rejeição.

Pregar o evangelho envolve amor e paciência, mas também coragem para lidar com a rejeição:
saiam por suas ruas e digam:
(11) Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos pés,
  • A nossa responsabilidade é anunciar com fidelidade; a resposta pertence a Deus.
  • A rejeição à mensagem não muda a mensagem.

Aprendemos uma verdade espiritual importante: nem todas as pessoas abrirão o coração para receber o Evangelho de Cristo. Isso não é motivo para desânimo, mas para redirecionamento. Devemos seguir em frente, dedicando nosso tempo àqueles que verdadeiramente ouvem e seguem os princípios do Reino de Deus.

Jesus mesmo foi rejeitado em muitos lugares. Ele não insistiu onde havia dureza de coração, mas continuou a anunciar o Reino com amor, verdade e perseverança. Seus discípulos, ao seguirem esse exemplo, aprendem que a rejeição faz parte do chamado, mas não deve roubar o ânimo.

sacudimos contra vocês.
  • Sacudir o pó dos pés significava um anúncio público da condenação.
Jesus instruiu Seus discípulos que, ao serem rejeitados por uma cidade, deveriam sacudir o pó dos pés como sinal visível de que aquela comunidade havia recusado a mensagem do Reino de Deus.

Esse gesto - culturalmente compreendido como ato simbólico de separação e juízo - comunicava que a cidade rejeitava não apenas os mensageiros, mas o próprio Deus que os enviou.

A rejeição consciente do Evangelho é um pecado grave diante de Deus:
(12) Eu lhes digo: 

Ao ouvir o Evangelho, ninguém permanece neutro: ou se aceita com fé, ou se rejeita com incredulidade. E a rejeição, segundo Jesus, traz consequências eternas.

Naquele dia haverá mais tolerância para Sodoma do que para aquela cidade.
  • Sodoma foi uma cidade pecadora que Deus destruiu por causa de sua impiedade (Gênesis 19:24-28).
No Dia do Juízo, haverá mais tolerância para Sodoma do que para as cidades que recusaram a mensagem do Reino e rejeitaram a salvação. 


Conclusão:

Pertencemos a um Reino inabalável. Cabe a nós, como embaixadores de Cristo, anunciar o Reino de Deus - um Reino de amor, misericórdia e perdão, revelado por um Deus que se importa com o sofrimento humano.
  • (Hebreus 12:28,29) (28) "Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, (29) pois o nosso "Deus é fogo consumidor!"

Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.


O poder libertador do perdão

O perdão é um princípio espiritual ensinado pelo Senhor Jesus...

O perdão nos liberta para viver em paz e comunhão com Deus.

O perdão é o meio pelo qual nos relacionamos com Deus e com os outros.

Quem não perdoa vive aprisionado por sentimentos destrutivos: amargura, injustiça, rejeição e sede de vingança.


1) O Perdão na oração do Senhor:

Jesus incluiu o perdão na oração diária:
(Mateus 6:12) "Perdoa as nossas dívidas, 
  • Aqui os nossos pecados são chamados de dívidas.

assim como perdoamos aos nossos devedores."
  • Perdoar é um reflexo da misericórdia de Deus em nós.
Não perdoamos para ser perdoados, mas porque já fomos perdoados em Cristo.


2) O exame do coração na oração:

(Mateus 6:14,15) 
(14) "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 
(15) Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas."
  • Precisamos liberar perdão e pedir perdão em oração.
O perdão que não liberamos aos outros bloqueia o perdão de Deus sobre nós.

Reflexão:
  • Tenho liberado perdão àqueles que me feriram, como Cristo generosamente me perdoou?
  • Tenho realmente deixado para trás todo ressentimento e amargura, permitindo que o amor de Deus cure as feridas do meu coração?


3) O perdão é uma ordem ilimitada:

(Mateus 18:21,22)

Pedro perguntou sobre limites: 
(21) "Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?
(22) Jesus respondeu: "Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete."
  • Perdoamos com ou sem pedido de perdão – é nossa responsabilidade diante de Deus.
Não existe medida para o perdão. O amor cobre multidão de pecados.


4) O perdão preserva a paz e entrega a justiça a Deus:

(Romanos 12:18,19)
(18) "Façam todo o possível para viver em paz com todos.
(19) Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor."

A justiça pertence a Deus. O cristão é chamado para a bênção, não para o juízo 
  • (Romanos 12:14) "Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem."

Os filhos de Deus são pacificadores:
  • (Mateus 5:9) "Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus."


5) Responder com bondade vence o mal:

(Romanos 12:20,21)

Fazer o bem aos inimigos é princípio do Reino:
(20) Pelo contrário: "Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele".
(21) Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem."
  • Agir segundo a Palavra nos protege e glorifica a Deus.


6) Jesus redefiniu o princípio da justiça pessoal:

(Mateus 5:38-41)
(38) "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’.
(39) Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.
(40) E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa.
(41) Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas."

(João 18:19-23)
(19) "Enquanto isso, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e dos seus ensinamentos.
(20) Respondeu-lhe Jesus: "Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em segredo.
(21) Por que me interrogas? Pergunta aos que me ouviram. Certamente eles sabem o que eu disse".
(22) Quando Jesus disse isso, um dos guardas que estava perto bateu-lhe no rosto. "Isso é jeito de responder ao sumo sacerdote? ", perguntou ele.
(23) Respondeu Jesus: "Se eu disse algo de mal, denuncie o mal. Mas se falei a verdade, por que me bateu?" 
  • Amar, perdoar, ceder – atitudes de quem vive pelo Reino.


7) Seguir o exemplo de Jesus diante da injustiça:

(1 Pedro 2:21-23)
(21) "Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos.
(22) Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca.
(23) Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça."
  • Jesus sofreu calado, sem revidar, confiando-se ao justo Juiz.
Fomos chamados para seguir o mesmo caminho.


8) A misericórdia precede o juízo:

(Apocalipse 2:21) "Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade sexual, mas ela não quer se arrepender."

(Tiago 2:13) "Porque será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não foi misericordioso. A misericórdia triunfa sobre o juízo!"
  • Quem age com misericórdia será tratado com misericórdia no julgamento.


9) Evite julgar para não ser julgado:

(Mateus 7:1,2)
(1) "Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
(2) Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês."
  • O juízo sem misericórdia recai sobre quem julga sem misericórdia.
O perdão é proteção contra o espírito de julgamento:
  • (Romanos 2:1) "Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas."


10) Perdoar é correr leve a corrida da fé:

(Hebreus 12:1) "Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta."
Quem perdoa, corre leve, com os olhos fixos em Jesus.


11) Jesus suportou tudo pela alegria da salvação:

(Hebreus 12:2) "Tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus."

Ele se tornou nosso exemplo e intercessor:
  • (Filipenses 2:9-11) (9) "Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, (10) para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, (11) e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai."
  • (Romanos 8:34) "Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós."

Jesus não se envergonha de nos chamar de irmãos: 
  • (Hebreus 2:11) "Ora, tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos."


Conclusão:

O perdão é uma decisão de fé:
  • Não depende do sentimento, mas da obediência à Palavra.
  • Quando perdoamos, a graça de Deus nos liberta da amargura.
  • Perdoar é continuar correndo rumo à vida eterna.

Graça e paz,
Pra. Angela Caldas.

Deus é a fonte inesgotável de bondade

(Salmo 119:68) 

"Tu és bom, 

Deus é essencialmente bom, justo e perfeito. Sua bondade é imutável e eterna. Não depende das circunstâncias nem das ações humanas; é um atributo inseparável de Seu caráter.

e fazes o bem; 

Tudo o que Deus faz flui de Sua natureza boa. Mesmo quando não compreendemos Seus caminhos, podemos confiar que Suas ações são sempre justas, sábias e carregadas de propósito eterno.

ensina-me os teus decretos."
  • Decretos: São os mandamentos e princípios revelados na Palavra de Deus, estabelecidos para orientar nosso viver em aliança com Ele.
O salmista expressa aqui o anseio sincero por viver conforme a vontade de Deus, reconhecendo que a verdadeira sabedoria vem da submissão à Sua revelação.

Devemos buscar conhecer cada vez mais a Palavra de Deus, submetendo-nos a ela com humildade e praticando-a com fé. A confiança na bondade do Senhor nos fortalece em tempos de adversidade e nos dirige com paz nos tempos de bonança.

A bondade de Deus é mais do que um conceito: é uma realidade vivida, experimentada e proclamada por aqueles que confiam em Sua Palavra. Que possamos, como o salmista, clamar: “Ensina-me os teus decretos” - com sede da verdade, submissão do coração e confiança na bondade do nosso Pai celestial.


Complementar:
  • (Romanos 8:28) "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito."

A bondade de Deus se manifesta mesmo no sofrimento, pois tudo coopera para um fim maior sob Seu governo soberano.

  • (Salmo 145:9) “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas."

A bondade de Deus não é limitada a um grupo; ela é derramada sobre toda a criação com misericórdia.

  • (1 João 5:3) “Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados."

O amor a Deus se expressa em obediência voluntária e alegre, pois os decretos do Senhor são caminhos de vida.


Graça e paz, 
Pra. Angela Caldas.

terça-feira, 20 de maio de 2025

As promessas de Deus não têm prazo de validade

(Mateus 24:35) "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão."
    Essa passagem foi dita por Jesus em um contexto profético, no qual Ele fala sobre os sinais que precederão a Sua volta.
    • Jesus trata do fim dos tempos e dos sinais que anteciparão a Sua segunda vinda.
    Jesus explica o contraste entre o que é passageiro (céu e terra) e o que é eterno (a Palavra de Cristo):

    (Mateus 24:35) "O céu e a terra passarão, 
    • Tudo o que é material e temporal chegará ao fim.
    Céu e terra, ainda que pareçam sólidos e permanentes, Jesus afirma que eles hão de passar.


    A autoridade das palavras de Jesus está acima de qualquer realidade visível e material:

    mas as minhas palavras jamais passarão."
    • Jesus faz essa promessa: Suas palavras jamais passarão.
    Em contraste com a transitoriedade do mundo, Ele declara que Suas palavras são eternas.


    Essas palavras trazem descanso para a nossa alma:
    • Jesus reafirma que tudo o que Ele prometeu, ensinou e profetizou se cumprirá infalivelmente.

    • Ele dá segurança aos cristãos: Sua Palavra é firme como rocha, mesmo quando o mundo físico passar.

    • A Palavra de Deus permanecerá intacta, viva e ativa.


    Conclusão:
    • O mundo oferece muitas coisas temporárias e passageiras, mas é instável e mutável.
    Devemos valorizar a Palavra de Deus acima de todas as coisas, porque ela é um fundamento seguro de valor eterno.

    Podemos confiar plenamente na Palavra de Deus e em Suas promessas, que não envelhecem, não se desgastam, não se anulam.
    • (Isaías 40:8) "A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre."

    Complementar:
    • (2 Timóteo 3:16) "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça."

    • (Hebreus 1:1,2) (1) "Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, (2) mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo."

    • (João 1:1) "No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus."

    • (Apocalipse 21:1) Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia."


    Graça e paz,
    Pra. Angela Caldas.

    Deus ouve os que clamam dia e noite

    Deus sabe de tudo o que necessitamos antes mesmo de orarmos:
    • (Salmo 139:4) "Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor."

    Mas a oração é o caminho estabelecido por Deus para apresentarmos os nossos pedidos a Ele.
    • (Filipenses 4:6) "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus."

    Vamos agora analisar uma parábola onde Jesus incentiva à perseverança na oração:
    (Lucas 18:1-8)
    (1) "Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar."
    • Desanimar: no sentido de ser remisso ou preguiçoso nas obrigações.
    Orar sempre é orar a respeito de tudo e permanecer em Sua presença - uma vida de comunhão com Deus.
    • (Salmo 37:5) "Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá."

    (2) Ele disse: Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus, nem se importava com os homens.
    • Ele não temia a Deus...
    O temor a Deus nos leva a agir com justiça, porque cremos que há um Deus acima de nós e sabemos que teremos que prestar contas a Ele.
    • (Hebreus 4:13) "Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas."
    Nem se importava com os homens...


    Esse juiz ignorava os dois grandes mandamentos:
    • (Lucas 10:27) "‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’."

    (3) E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’.
    • A viúva era símbolo de uma pessoa desamparada e vulnerável.
    Ela se dirigia a ele continuamente...

    Todos os dias, com insistência, ela suplicava: "Faze-me justiça contra o meu adversário."

    Não era um pedido de vingança, mas um pedido de socorro diante de uma injustiça sofrida.

    Complementar:
    • Naquele tempo, os tribunais funcionavam em tendas, e quem queria apresentar sua causa ao juiz precisava passar pelos seus assistentes. Mulheres, quase sempre, não tinham voz perante a lei.

    (4) Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens,
    • Por algum tempo ele recusou...
    Ignorou o pedido dela, mas ela não desistiu. Continuou insistindo: "Faze-me justiça contra o meu adversário."


    (5) esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me importunar’.
    • Aborrecer: fazer pressão mental a ponto da fadiga ou exaustão.
    Ele atendeu ao pedido da viúva apenas porque sua insistência se tornou um aborrecimento para ele.


    (6) E o Senhor continuou: Ouçam o que diz o juiz injusto.
    • Ouçam o que diz o juiz injusto: entendam... percebam o sentido do que está sendo dito...
    O juiz declarou: "...vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar."


    (7) Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar?
    • Somos encorajados a permanecer fiéis e confiantes em nossas orações.
    Se até um juiz injusto responde diante de uma pressão constante, quanto mais o nosso Pai amoroso, que é justo, responderá aos seus filhos que clamam por sua justiça.

    (Salmo 89:14) "A retidão e a justiça são os alicerces do teu trono; o amor e a fidelidade vão à tua frente."


    (8) Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?

    Muitas vezes sentimos que Deus está demorando, mas Ele age no tempo certo.
    • (Eclesiastes 3:1) "Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu."
    Na segunda vinda de Jesus, será que Ele encontrará pessoas perseverando na fé e na oração? Ou encontrará frieza espiritual?

    Complementar:
    • (Mateus 24:12-13) "Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo."

    Conclusão:

    Jesus não nos comparou com essa viúva, e não comparou o nosso Deus com esse juiz injusto.

    A viúva não tinha livre acesso ao juiz.

    Nós temos livre acesso a Deus, com dois intercessores:
    • (1 João 2:1) - Jesus.
    • (Romanos 8:27) - Espírito Santo.


    O juiz era injusto.
    • Deus é Pai justo, amoroso e bondoso.
    • O juiz atendeu ao pedido da viúva apenas para se livrar dela.
    • Deus responde por amor.


    Ponto principal da parábola:
    • Perseverança na oração.
    Somente quem mantém uma vida de oração experimenta os cuidados do Pai Celestial.
    • "Orar sempre e nunca desanimar."

    Graça e paz,
    Pra. Angela Caldas.

    segunda-feira, 19 de maio de 2025

    O Reino de Deus em Palavra e em poder

    (Mateus 10:7,8)
    (7) "Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’.
    (8) Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça."

    1) A Missão dos Doze:

    O envio dos doze abrange duas dimensões:
    • Pregar o Reino dos céus: Ajudar com palavra.
    • Cuidar dos outros: Ajudar com ação.

    Proclamar o Reino dos céus com autoridade, poder e amor:
    (7) "Por onde forem, preguem esta mensagem: 

    Jesus chamou Seus discípulos para viverem em plena obediência à Sua voz, assim como Ele mesmo vivia em obediência ao Pai Celestial:
    • (João 5:19) "Jesus lhes deu esta resposta: Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz."
    • (João 4:34) "Disse Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra."
    • (João 6:38) "Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou."

    2) A Mensagem do Reino:

    ‘O Reino dos céus está próximo’.
    • (Lucas 17:20,21) (20) "Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: "O Reino de Deus não vem de modo visível, (21) nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está entre vocês"."
    "O Reino dos céus está próximo” é o anúncio da chegada do governo de Deus, que não vem com aparência exterior, mas é espiritual, presente e transformador.

    Esse Reino se manifesta na vida dos que se submetem à Palavra, vivendo sob a soberania de Cristo.


    3) A Demonstração do Reino com poder:

    Jesus não apenas pregou, mas demonstrou o Reino com sinais e maravilhas:
    • Curou, alimentou, libertou, ressuscitou.
    • Comissionou os discípulos a fazerem o mesmo: (Lucas 9:1-2).
    • E prometeu operar através dos que creem: (João 14:12).

    Esses sinais confirmam que o Reino está presente e que Deus se importa com corpo, alma e espírito:
    (8) Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. 
    • (Marcos 16:20) "Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.

    4) O Reino em nossa geração:

    Hoje, somos os novos enviados de Cristo.

    Nosso desafio é proclamar o Reino com palavras e com poder, vivendo com:
    • Santidade.

    • Amor.

    • Verdade.


    Reflexão:
    • (Mateus 22:29) "Jesus respondeu: Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!"
    • (João 14:12) "Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai."

    5) Evidências do Reino nas Escrituras:
    • Pregação do Evangelho (Marcos 1:14-15).
    • Arrependimento e nova vida (Lucas 24:47).
    • Curas físicas (Mateus 4:23).
    • Libertação de demônios (Lucas 11:20).
    • Provisão sobrenatural (Mateus 14:13-21).
    • Milagres e sinais (João 2:1-11; João 11).
    • Justiça, paz e alegria no Espírito (Romanos 14:17).
    • Comunhão da Igreja (Atos 2:42-47).
    • Transformação de vidas (Lucas 19:1-10).
    • Esperança da vida eterna (Apocalipse 21:4).

    6. Generosidade e Graça:

    Vocês receberam de graça; dêem também de graça."
    • A missão do Reino é movida por amor, não por lucro.
    A obra de Deus não pode ser mercantilizada. Tudo o que recebemos do alto deve ser repartido com generosidade.


    7) A graça oferecida gratuitamente:

    Isaías 55:1 é um convite à graça divina.
    • (Isaías 55:1) "Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e, vocês que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo."

    Deus chama os sedentos a receberem vida e salvação gratuitamente:
    • “Venham, todos os que têm sede…” – sede espiritual da alma. (João 7:37).
    • “Às águas…” – símbolo da vida e do Espírito. (João 4:14; 7:38-39).
    • “Sem dinheiro…” – a salvação é pela graça. (Efésios 2:8-9).
    • “Vinho e leite…” – Deus oferece alegria e nutrição espiritual.
    • “Sem custo!” – a redenção é gratuita para nós, mas custou a cruz (Isaías 53).

    Reflexão:
    • O Reino de Deus é uma realidade presente e poderosa. Ele transforma vidas, cura os feridos, liberta os cativos e salva os perdidos. Como embaixadores desse Reino, devemos pregar com ousadia, viver com integridade e servir com compaixão.


    8. Expressões do Reino:

    As expressões “Reino de Deus” e “Reino dos Céus” têm o mesmo significado:

    • “Reino de Deus” - destaca quem governa: Deus.

    • “Reino dos Céus” - destaca de onde vem o governo: o céu.

    Mateus usa “Reino dos Céus” por respeito à tradição judaica de não usar diretamente o nome de Deus.


    Conclusão:

    O Reino de Deus é presente, poderoso e transformador.

    • Ele cura, liberta, restaura e salva.


    Como embaixadores do Reino, devemos:

    • Pregar com ousadia.

    • Viver com integridade.

    • Servir com compaixão.

    • Confiar plenamente na graça e na Palavra de Deus.

    Deus está chamando e capacitando seus filhos para manifestar Seu Reino na Terra, com autoridade, santidade e amor.


    Graça e paz,
    Pra. Angela Caldas.

    domingo, 18 de maio de 2025

    Quando a Palavra habita, a oração frutifica

    (João 15:7) "Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e será concedido."

    O que significa permanecer em Cristo?

    Permanecer em Cristo é manter uma comunhão contínua e viva com o Senhor por meio da fé, da obediência e da intimidade com Ele. Essa permanência se manifesta em uma vida de oração constante, amor pelos irmãos, prática da Palavra e também no compromisso com a comunhão da igreja local.
    • (Hebreus 10:25) “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.”
    Pertencer e permanecer no Corpo de Cristo é uma expressão visível de uma fé viva. A comunhão com os irmãos e a participação na igreja não salvam, mas são evidências de quem já está unido a Cristo.


    O que significa Suas palavras permanecerem em nós?

    As palavras de Cristo permanecem em nós quando não apenas as ouvimos, mas as recebemos com fé, guardamos no coração, meditamos nelas e obedecemos com sinceridade. Essa Palavra viva passa a governar nossos pensamentos, decisões e atitudes. Ela nos transforma à imagem de Cristo e nos leva a encorajar e ensinar outros na fé.
    • (Colossenses 3:16) “Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração.”
    Quando a Palavra permanece em nós, ela dirige nossas orações de forma alinhada com a vontade do Pai.


    Qual a promessa que nos é feita nessa condição?

    A promessa de oração atendida está diretamente ligada à condição de permanecermos em Cristo e à Sua Palavra permanecer em nós. Isso significa que nossas orações serão fruto de uma mente renovada e de um coração alinhado com os propósitos de Deus.
    • (1 João 5:14,15) “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. (16) E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”

    Quando valorizamos a presença de Cristo e a autoridade da Sua Palavra, nossa vida de oração se torna frutífera e poderosa, pois passamos a pedir conforme o coração de Deus.


    Graça e paz,
    Pra. Angela Caldas.

    A Palavra que cura e liberta

    (Mateus 8:16–17)
    (16) "Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. 
    (17) E assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Isaías: 'Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças.'"

    Antes desse acontecimento, Jesus havia curado a sogra de Pedro:
    • (Mateus 8:14–15) "Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra deste de cama, com febre. Tomando-a pela mão, a febre a deixou, e ela se levantou e começou a servi-lo."
    Essa cura foi tão impactante que rapidamente a notícia se espalhou, levando um grande número de doentes e pessoas oprimidas espiritualmente a procurarem Jesus ao cair da noite.


    A Palavra que liberta:
    (16) "Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. 

    Jesus não precisou de rituais ou fórmulas complicadas. Com uma única palavra, Ele expulsou os demônios e curou todos os enfermos. Isso revela a autoridade suprema do Filho de Deus sobre as forças espirituais e sobre a enfermidade física.

    Movido por profunda compaixão, Ele agia, pois se importava com as dores das pessoas
    • (Hebreus 13:8) “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.”

    O cumprimento profético:
    (17) E assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Isaías: 'Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças.'"

    Mateus conecta esse momento com a profecia de Isaías:
    • (Isaías 53:4) “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças.”
    Isaías, profeta que viveu cerca de 700 anos antes de Cristo, falava sobre o Servo Sofredor que carregaria nossas dores. Embora o foco principal de Isaías 53 seja a expiação dos pecados, Mateus nos mostra que Jesus também acolheu as dores humanas em Seu ministério terreno.

    Ele não apenas redime o espírito, mas se compadece do corpo e das emoções.

    Contudo, é importante compreender: isso não significa que o cristão nunca enfrentará doenças, mas que temos em Cristo alguém a quem podemos recorrer com fé. Assim como oramos por provisão, também devemos orar por cura e proteção, confiando em Sua soberania.


    Reflexão:
    • Jesus permanece o mesmo. Seu poder é inabalável.
    • Ele ainda liberta, cura e salva. Cada palavra que emana de Seus lábios possui poder suficiente para transformar qualquer realidade.
    • A promessa de cura não é apenas para o passado, mas também para o presente; é para mim e para você.

    Graça e paz,
    Pra. Angela Caldas.

    quarta-feira, 14 de maio de 2025

    Escolhendo a fé em vez do medo

    Vamos meditar em um texto bem conhecido, mas repleto de verdades espirituais que nos confrontam e edificam. 

    Israel estava às portas da Terra Prometida, após vivenciar experiências gloriosas com Deus. No entanto, diante dos obstáculos, os corações foram expostos: a maioria ainda não estava pronta para crer nas promessas do Senhor e avançar rumo à conquista.


    1) A promessa exigia fé, não medo:

    (Números 13:25-27)
    (25) "Ao fim de quarenta dias eles voltaram da missão de reconhecimento daquela terra.

    Doze líderes de Israel foram enviados para reconhecer a terra de Canaã, a terra que Deus havia prometido a Abraão e aos seus descendentes.

    • (Números 13:1-3) (1) "E o Senhor disse a Moisés: (2) Envie alguns homens em missão de reconhecimento à terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. Envie um líder de cada tribo dos seus antepassados. (3) Assim Moisés os enviou do deserto de Parã, conforme a ordem do Senhor. Todos eles eram chefes dos israelitas."

    (26) Eles então retornaram a Moisés e a Arão e a toda a comunidade de Israel em Cades, no deserto de Parã, 
    • Cades - Cidade - Oásis no deserto.
    Pequena região fértil graças a presença de água. Local de refrigério no deserto seco.

    onde prestaram relatório a eles e a toda a comunidade de Israel, e lhes mostraram os frutos da terra.

    A terra era fértil e rica em frutos, mas habitada por povos poderosos e cidades fortificadas.
    • (Números 13) (17) "Quando Moisés os enviou para observarem Canaã, disse: "Subam pelo Neguebe e prossigam até a região montanhosa. (18) Vejam como é a terra e se o povo que vive lá é forte ou fraco, se são muitos ou poucos; (19) se a terra em que habitam é boa ou ruim; se as cidades em que vivem são cidades sem muros ou fortificadas; (20) se o solo é fértil ou pobre; se existe ali floresta ou não. Sejam corajosos! Tragam alguns frutos da terra". Era a época do início da colheita das uvas."

    Notícia boa: A terra é rica e fértil:
    (27) E deram o seguinte relatório a Moisés: "Entramos na terra à qual você nos enviou, onde manam leite e mel! Aqui estão alguns frutos dela."

    A expressão "manam leite e mel" indica uma terra fértil e rica em recursos.
    • (Números 13:23) "Quando chegaram ao vale de Escol, cortaram um ramo do qual pendia um único cacho de uvas. Dois deles carregaram o cacho, pendurado numa vara. Colheram também romãs e figos."
    Deus havia prometido Canaã. A terra era de fato boa - "onde manam leite e mel". Os frutos confirmavam. Mas os olhos carnais dos espias viram mais os obstáculos do que a fidelidade de Deus.

    Reflexão: 
    • Quantas vezes damos mais importância aos "problemas" do que às promessas de Deus?

    2) O medo distorce a visão e rouba a identidade:

    (Números 13:28-33)
    (28) "Mas o povo que lá vive é poderoso, e as cidades são fortificadas e muito grandes. Também vimos descendentes de Enaque.
    • Enaque - família de gigantes, com altura entre 2 e 2,70 metros.

    Dez dos doze líderes focaram nas dificuldades e no poder dos habitantes, sendo dominados pelo medo e pelo desânimo.

    • (Salmo 55:5) "Temor e tremor me dominam; o medo tomou conta de mim."

    (29) Os amalequitas vivem no Neguebe; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na região montanhosa; os cananeus vivem perto do mar e junto ao Jordão".

    Calebe reconheceu as dificuldades, mas confiou no poder de Deus para cumprir Sua promessa:
    (30) Então Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!"
    • A fé enxerga as dificuldades, mas declara a vitória.

    Calebe confiou em Deus e em Suas promessas, e levantou-se contra a multidão de pessimistas - não foi uma tarefa fácil.


    (31) Mas os homens que tinham ido com ele disseram: "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós".

    Apesar dos milagres que já tinham presenciado, eles duvidaram do caráter e do poder de Deus, focando nas dificuldades em vez de confiar em novas intervenções divinas.


    (32) E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra. Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura.

    Os pessimistas contaminaram todo o povo com um relatório marcado por fracasso, derrota e medo.

    Eles decretaram a derrota e enxergaram apenas as dificuldades.


    (33) Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles".
    • Sentiram-se incapazes e inferiores diante da força dos inimigos.
    O povo se via como gafanhotos. A incredulidade produziu uma autoimagem derrotada, distorcida, humilhante. O medo exagera os problemas e apaga a memória dos milagres.

    Reflexão: 
    • O medo nos impede de ver quem somos em Deus: herdeiros da promessa, não escravos do medo.


    3) A voz da fé sempre existe, mas precisa ser ouvida:

    (Números 13:30) Então Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!"
    • Sempre haverá uma voz de fé, mesmo em ambientes dominados pela incredulidade. Escolha escutá-la!
    Calebe não negou os desafios, mas exclamou com ousadia: “Certamente venceremos!” Ele tinha os olhos na promessa, não nos obstáculos.


    4) A murmuração é um pecado grave, que bloqueia o propósito:

    A grande rebelião:
    (Números 14:1-4)
    (1) "Naquela noite toda a comunidade começou a chorar em alta voz.

    O povo chorou tomado pelo medo dos habitantes da terra.


    (2) Todos os israelitas queixaram-se contra Moisés e contra Arão, e toda a comunidade lhes disse: "

    O povo criticou Moisés e Arão e preferiu a morte a confiar em Deus e em Suas promessas.

    Sofreram as consequências dessas palavras:
    Quem dera tivéssemos morrido no Egito! Ou neste deserto!


    Colocaram em dúvida o caráter e o poder de Deus:
    (3) Por que o Senhor está nos trazendo para esta terra? Só para nos deixar cair à espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão tomados como despojo de guerra. Não seria melhor voltar para o Egito?"

    O povo questionou a liderança de Moisés e Arão, duvidando do caráter de Deus, mesmo após testemunharem Seus milagres no Egito.


    (4) E disseram uns aos outros: "Escolheremos um chefe e voltaremos para o Egito!" 

    O povo rejeitou a liderança de Moisés e Arão.


    A consequência da rebelião:
    (Números 14:28-35)
    (28) "Diga-lhes: ‘Juro pelo meu nome, declara o Senhor, que farei a vocês tudo o que pediram: 

    Eles pediram a morte:
    • (2) Todos os israelitas queixaram-se contra Moisés e contra Arão, e toda a comunidade lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido no Egito! Ou neste deserto!

    (29) Cairão neste deserto os cadáveres de todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que se queixaram contra mim.
    • Somente Josué e Calebe, da geração de homens israelitas, entraram em Canaã.
    Por causa da incredulidade e da murmuração diante do relatório dos líderes (Números 13–14), Deus declarou juízo sobre toda a geração de israelitas do sexo masculino, com vinte anos ou mais, que haviam sido contados no recenseamento militar (Números 1:2–3). Esses homens foram condenados a morrer no deserto, sem entrar na Terra Prometida (Números 14:29), conforme a palavra declarada pelo Senhor.

    Esse decreto de juízo recaiu especificamente sobre esses homens porque eram os chefes dos lares e líderes naturais do povo - aqueles que deveriam exercer fé, coragem e obediência diante das promessas divinas. Eram encarregados tanto da condução espiritual quanto da proteção física da nação. Contudo, ao cederem ao medo e à incredulidade, falharam gravemente em sua missão de liderar segundo os princípios da aliança, arrastando toda a comunidade à rebelião.

    Josué e Calebe foram os únicos homens acima de vinte anos que permaneceram fiéis e confiantes na promessa do Senhor. Por isso, foram os únicos dessa geração a entrarem em Canaã (Números 14:30). Sua postura revela que a fé perseverante é o verdadeiro critério divino para herdar as promessas - não apenas a posição ou a idade.

    O contexto de Números 1 mostra que o recenseamento incluiu exclusivamente os homens de vinte anos para cima, aptos para a guerra. Os levitas não foram contados nesse recenseamento (Números 1:47–49). Portanto, conclui-se que as mulheres, os jovens abaixo de vinte anos e os membros da tribo de Levi não foram incluídos nesse decreto de juízo, pois não participaram do censo militar nem assumiam, naquele contexto, a responsabilidade pela liderança da nação.

    Assim, o julgamento de Deus recaiu especificamente sobre aqueles que representavam a força e a liderança da comunidade - e que, mesmo tendo visto os milagres do Senhor, escolheram recuar. O episódio nos ensina que a incredulidade, especialmente em posições de liderança, é gravíssima aos olhos de Deus, pois compromete o destino de muitos.

    A murmuração gera destruição:
    • (1 Coríntios 10:10,11) (10) "E não se queixem, como alguns deles se queixaram — e foram mortos pelo anjo destruidor. (11) Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos."

    Palavras geram morte ou vida:
    • (Provérbio 18:21) "A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto."

    Palavras podem nos absolver ou condenar:
    • (Mateus 12:37) "Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado."

    (30) Nenhum de vocês entrará na terra que, com mão levantada, jurei dar-lhes para sua habitação, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

    Josué e Calebe foram poupados da ira de Deus e receberam a promessa de habitar a Terra Prometida.

    Total de homens que foram contados no recenseamento:
    • (Números 1:45,46) (45) "Todos os israelitas de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram contados de acordo com as suas famílias. (46) O total foi 603. 550 homens."

    (31) Mas, quanto aos seus filhos, sobre os quais vocês disseram que seriam tomados como despojo de guerra, eu os farei entrar para desfrutarem a terra que vocês rejeitaram.
    • O juízo foi proporcional à responsabilidades que eles tinham diante de Deus e diante de suas famílias.
    Os filhos que os israelitas haviam declarado que seriam vítimas seriam, na verdade, levados por Deus à Terra de Canaã.

    • (Números 14:3) "Por que o Senhor está nos trazendo para esta terra? Só para nos deixar cair à espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão tomados como despojo de guerra. Não seria melhor voltar para o Egito?"

    (32) O cadáveres de vocês, porém, cairão neste deserto.

    Todos os israelitas do sexo masculino, com vinte anos ou mais, que murmuraram contra o Senhor, morreriam no deserto.

    Complementar:
    Essa completou a décima murmuração do povo:
    • (Números 14:22) "Que nenhum dos que viram a minha glória e os sinais miraculosos que realizei no Egito e no deserto, e me puseram à prova e me desobedeceram dez vezes."

    (33) Os filhos de vocês serão pastores aqui durante quarenta anos, sofrendo pela infidelidade de vocês, 

    Os filhos que poderiam ter crescido na abundância acabaram crescendo na escassez por causa da infidelidade dos pais.

    até que o último cadáver de vocês seja destruído no deserto.

    A salvação é individual, mas a semeadura dos pais alcança os filhos. Os filhos herdam as consequências das ações dos pais — sejam bênçãos ou maldições.


    (34) Durante quarenta anos vocês sofrerão a conseqüência dos seus pecados e experimentarão a minha rejeição; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra’.
    • Não confiaram em Deus.
    Os 40 dias de reconhecimento da terra se transformaram em 40 anos de peregrinação no deserto, devido à incredulidade do povo. Ao rejeitar Deus, experimentaram a rejeição d'Ele.
    • (Tiago 4:8) "Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração."

    (35) Eu, o Senhor, falei, e certamente farei essas coisas a toda esta comunidade ímpia, que conspirou contra mim. Encontrarão o seu fim neste deserto; aqui morrerão". 

    O povo preferiu murmurar e retroceder. Essa foi a décima vez que colocaram Deus à prova. Resultado? Uma geração inteira perdeu o direito de entrar na Terra Prometida.

    Reflexão: 
    • Murmurar não é apenas reclamar; é rejeitar, em essência, o plano de Deus para a nossa vida.

    5) Fé e gratidão abrem caminhos no deserto:

    Josué e Calebe permaneceram firmes. Eles não se contaminaram com a incredulidade e murmuração do povo. Permaneceram firmes confiando no Senhor; por isso, entraram na terra prometida.

    Reflexão:
    • Aquele que crê e persevera, mesmo em meio ao deserto, será guiado por Deus até o lugar da promessa.

    O que temos engrandecido: 
    • O medo ou a presença de Deus? 
    Hoje, devemos escolher seguir o exemplo de Josué e Calebe, exemplos de homens que decidiram confiar em Deus diante das dificuldades.
    • (Hebreus 10:38) “Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele.”


    Conclusão:

    Três lições finais para colocarmos em prática:

    • Toda promessa de Deus vem acompanhada de desafios - não recue.
    • A fé vê além dos gigantes - confie no Senhor.
    • A murmuração fecha portas - escolha a gratidão.


    Graça e paz,
    Pra. Angela Caldas.